A empresa é obrigada a preparar a folha de pagamento, por estabelecimento, destacando a remuneração paga, devida ou creditada no decorrer do mês, a todos os seus empregados, e lançar em títulos próprios de sua contabilidade, de forma discriminada, os fatos geradores de todas as contribuições, o montante das quantias descontadas, as contribuições da empresa e os totais recolhidos.

Os gastos incorridos com pessoal devem ser apropriados de acordo com os setores da empresa; por exemplo, os gastos com pessoal da produção de bens ou de serviços serão contabilizados como custos de produção; os gastos com o pessoal da administração e comercial serão contabilizados como despesas administrativas e comerciais.

Os lançamentos referentes aos fatos geradores de todas as contribuições, o montante das quantias descontadas, as contribuições da empresa e os totais recolhidos devem ser devidamente escriturados nos livros Diário e Razão e serão exigidos pela fiscalização após 90 dias contados da ocorrência dos fatos geradores das contribuições, devendo atender ao princípio contábil do regime de competência; e registrar, em contas individualizadas, todos os fatos geradores de contribuições previdenciárias, de forma a identificar, clara e precisamente, as rubricas integrantes e não integrantes do salário de contribuição, bem como as contribuições descontadas do segurado, as da empresa e os totais recolhidos, por estabelecimento da empresa, por obra de construção civil e por tomador de serviços.

Desta forma, o empregador é o responsável pelo desconto e recolhimento das parcelas referente aos descontos dos empréstimos consignados contraído por seus empregados; e estes valores deverão configurar na folha de pagamento enviada ao eSocial, que posteriormente acessará o FGTS Digital para gerar as guias de recolhimento, incluindo tanto os valores de FGTS mensal quanto as parcelas de consignado.

Fonte: Editorial Cenofisco